Numa conversa informal, um tipo que é chaveiro profissional e ganha a vida a abrir portas a pessoas que se esquecem das chaves dentro de casa, confessou algo interessante…
Diz ele que, quanto mais profissional é, menos reconhecido é o seu trabalho.
E menos dinheiro ganha em cada trabalho que faz.
A explicação é simples mas curiosa…
Quando começou a fazer este trabalho demorava uma eternidade para conseguir abrir uma porta.
Basicamente, porque, como ele mesmo confessou, não sabia o que estava a fazer.
A maior parte das vezes, para conseguir abrir a porta, tinha de partir a fechadura e colocar uma nova.
E cobrava às pessoas pela fechadura nova.
O mais interessante é que, no final do trabalho, depois de estarem à espera montanhas de tempo e terem sido obrigadas a pagar uma fechadura nova, as pessoas agradeciam-lhe imenso pelo seu esforço.
E quase todos os seus clientes lhe davam uma gorjeta generosa.
Hoje, o cenário é bem diferente…
Hoje, ele é um verdadeiro profissional e domina a técnica de abertura de portas quase de olhos fechados.
Isso significa que, na maior parte das situações em que é chamado para abrir uma porta, ele consegue executar o seu trabalho em menos de um minuto.
Sem danificar nenhuma fechadura.
O resultado?
As pessoas acham que ele cobra demasiado pelo trabalho que faz num minuto.
E chegam a ficar ressentidas com ele.
Já para não falar no facto de ter deixado de ter deixado de receber gorjetas há m-u-i-t-o tempo.
É que as pessoas, a maior parte das vezes, valorizam muito mais o esforço que o profissionalismo.
Porque, quando estão perante um verdadeiro profissional, parece que o que ele faz é fácil.
Não dá trabalho.
Qualquer um poderia fazê-lo…
Tu até podes ser o melhor do mundo mas, se as pessoas não perceberem que o que fazes implica trabalho e esforço da tua parte, nunca vão valorizar devidamente o teu trabalho.
E essa parte de demonstrar o trabalho que fazemos e do esforço que colocamos nas coisas é responsabilidade nossa.
O cliente não vai adivinhar.
Nem vai perceber por si mesmo.
Temos de ser nós a conseguir transmitir-lhe esse esforço, as dificuldades que enfrentamos e os obstáculos que ultrapassamos.
Sem parecer demasiado “gabarolas” ou “coitadinhos”, claro.
Mas demonstrando tudo o que fazemos desde o momento em que angariamos a casa até a conseguir vender.
Com equilíbrio mas com a certeza de que, se conseguirmos demonstrar o trabalho real que fazemos, os nossos clientes apreciarão muito mais o mesmo…
E não ficarão ressentidos na hora de pagar a comissão…
No final, pode ser que ainda nos deem uma gratificação!
Um abraço e tem um dia excelente,
Marco Paulo Costa
www.omeunegocioimobiliario.com
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