Há uns anos, foi notícia uma viúva espanhola de 83 anos que, ao tentar restaurar um fresco que havia numa das paredes da sua igreja, o arruinou completamente.
Tratava-se de “Ecce Uomo”, uma pintura original da autoria de Elías Garcia Martinez, conceituado professor de arte de Zaragoza, datada da década de 1930.
Mas a humidade da Igreja estava, a pouco e pouco, a apagá-la.
E esta viúva, também ela uma pintora (só que amadora), tomou a tarefa de restaurá-la em suas mãos.
O resultado foi tão catastrófico que muitos a apelidaram de “velha louca” por ter destruído uma obra de arte valiosíssima.
Mas isso foi na altura…
Hoje em dia, já ninguém chama “velha louca” a Cecília Giménez.
Pelo contrário.
Hoje ela é uma celebridade.
Internacional.
E o seu trabalho passou de aberração a atracção turística.
Milhares de pessoas ocorrem ao santuário de Nossa Senhora das Mercês, em Borja, para ver “in loco” a pintura que se tornou mundialmente famosa.
E pagam dois euros para vê-la.
E compram souvenirs (almofadas, t-shirts, crachás, ímanes, ursos de peluche, livros, blocos, etc.) com a imagem lá gravada.
E comem panquecas, com a pintura desenhada com chocolate.
E hoje, uma pequena cidade espanhola que recebia seis ou sete mil turistas, passou a receber muitas dezenas de milhar.
Há até quem interprete o que aconteceu como sendo intervenção divina.
Para ajudar aquela cidade que sofria de uma alta taxa de desemprego.
E que hoje vive muito melhor, graças ao aumento do turismo.
É exactamente isso que pensa Andrew Flack, um americano que criou uma Ópera para contar esta história.
E qual o motivo de tanta curiosidade e alvoroço?
É que aquilo que aconteceu ali é único no mundo.
E tornou-se viral… por ser diferente.
E toda a gente tem curiosidade para ver algo que é único e diferente.
Ninguém se dá ao trabalho de viajar até longe para ver algo banal e igual ao que existe em todo o lado.
Mas, para ver algo diferente, as pessoas estão dispostas a viajar e a gastar o seu tempo e dinheiro.
Apenas pela experiência de ter, ver, tocar ou estar perto de algo único no mundo.
Mesmo que essa diferença não seja baseada na beleza.
Neste caso, muito pelo contrário.
Agora, a pergunta que temos de fazer as nós próprios é esta:
Em que é que somos diferentes?
Em que é que somos únicos?
Porque é que as pessoas hão-de seguir-nos, ser nossos clientes e recomendarem os nossos serviços?
Se temos um grau de separação em relação a todos os outros profissionais que estão no mercado, então, temos uma hipótese.
E vamos atrair pessoas suficientes.
Se somos “mais do mesmo”, então a coisa complica-se.
Concordas?
Um abraço e tem um dia excelente,
Marco Paulo Costa
www.omeunegocioimobiliario.com
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