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Cuidado com a mania das grandezas!

Como sabes, em 2016, o Rio de Janeiro recebeu os Jogos Olímpicos de Verão.

Apesar das inúmeras vozes contra (especialmente do povo e de alguns analistas), dizendo que era uma péssima ideia, os Jogos foram mesmo para a frente.

Às vezes, com o argumento de que iria ajudar o Brasil a ultrapassar a situação de muita pobreza existente.

Foram batidos 27 recordes nestes Jogos e centenas de medalhas foram atribuídas.

Mas, e agora?

Será que resultou? Ou foi pior a emenda que o soneto?

Bem, se o Brasil tivesse estudado um pouco o que se passou noutras cidades que receberam os Jogos, facilmente perceberia que o risco de a coisa correr mal era tremendo.

Infelizmente, concretizaram-se os piores cenários.

O Brasil ficou com uma dívida enorme e as instalações que acolheram os Jogos estão ao abandono.

Basta ver como está hoje (apenas alguns meses depois dos JO) o Estádio do Maracanã.

Completamente abandonado, com as luzes apagadas (porque ninguém paga as altíssimas contas), com as cadeiras retiradas e sem acolher nenhum tipo de evento.

Ora, isto vem a propósito de alguns agentes com quem falo.

E que têm um pouco a mania das grandezas.

Porque querem ter tudo e mais um par de botas a funcionar desde o primeiro dia.

E querem um logo e um site e uma imagem altamente trabalhada e distinta.

Sendo que estas são as suas maiores preocupações.

Muitas vezes, sem terem ainda conseguido um único cliente…

Ora, isto pode fazer muito sentido se tens dinheiro suficiente para não te preocupares em pagares as tuas contas durante o próximo ano.

Mas, se o orçamento não é assim tão folgado, o teu foco deve ser muito mais em angariar e vender do que em teres uma imagem altamente sofisticada.

Muitas vezes, é preferível começar mais devagar e depois ir crescendo do que querer ter tudo logo no início e depois ir “à falência” porque não há negócio que sustente algumas escolhas megalómanas.

Pelo menos, esta é a maneira como vejo as coisas.

E não são poucas as vezes em que aconselho alguns colegas a começar mais devagar e nunca pressiono para que façam coisas que não podem realisticamente sustentar no médio/longo prazo.

Mesmo quando eles as querem fazer.

Mas, se não têm um orçamento de lado para o fazer e que esteja apenas destinado a isto e se podem vir a precisar desse dinheiro para pagar as contas, então não é boa ideia.

E digo-lhes isso mesmo. Mesmo em meu (aparente) prejuízo.

Mas sempre tendo em conta os seus interesses e o seu sucesso no longo prazo.

Porque o seu sucesso também vai ser o meu. Mesmo que demore mais um pouco…

Um abraço e tem um excelente dia

Marco Costa
www.omeunegocioimobiliario.com

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