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Mentalidade de elite…

Oliver Kahn jogou como futebolista (era guarda-redes) durante vários anos no Bayern Munique e na seleçção da Alemanha.

Quem o viu jogar, lembra-se perfeitamente da sua atitude intratável.

Era o tipo de jogador que estava constantemente a gritar com os seus companheiros e a tentar intimidar os seus adversários.

O tipo era um bocado assustador só de ver.

Imagino para os avançados que tinham o “azar” de se cruzar com ele…

Kahn ganhou vários títulos ao serviço do Bayern e ganhou um Campeonato da Europa com a Alemanha.

Hoje em dia está reformado e dedica o tempo a fazer comentários na televisão.

Ora, há pouco tempo saiu um livro chamado “Tor!” que fala sobre o futebol alemão.

E lá traz um episódio muito curioso acerca do velho Oliver.

Parece que este moço, certa vez, foi convidado para participar num evento de caridade para angariar fundos para uma instituição qualquer.

O que é que ele tinha de fazer?

Simples.

Ficar na baliza.

E um grupo de miúdos de 9 anos iriam tentar marcar penálties.

Por cada bola que entrasse, a instituição recebia um X de dinheiro.

Mas não nesse dia…

É que o Oliver Kahn não deixou entrar nenhuma bola.

Defendeu todos os penálties dos miúdos.

Todos!

Mesmo tratando-se de um evento de caridade.

Segundo ele, não poderia deixar-se bater propositadamente por ninguém.

Nem mesmo por miúdos de 9 anos.

Sim, é verdade que podemos olhar para isto e dizer que o rapaz foi um bocado insensível e que bem que poderia ter deixado entrar algumas bolas.

Mas há uma outra maneira de ver as coisas.

Algo que, provavelmente, entendes muito bem.

É que não faltam ocasiões em que nos pedem para fazermos algo na nossa profissão em que é suposto facilitarmos.

Especialmente, quando se trata de cobrar o que era suposto.

E abusam do nosso tempo enquanto estamos a desempenhar as nossas funções.

É o amigo que liga só para saber algo rápido (mas que depois nos consome imenso tempo).

Ou o cliente que pede para fazer um pequeno favor (que, claramente, ultrapassa as nossas funções).

Ou o familiar que pede se podemos tratar de alguma papelada por eles (e nos obriga a ir para uma fila enorme de uma qualquer repartição).

Sempre esperando que facilitemos e que trabalhemos de borla.

Mas Oliver Kahn não é o tipo de pessoa que se deixa abusar.

Porque tem uma mentalidade de elite.

E esta mentalidade, simplesmente, não lhe permite que faça algo que não seja o seu melhor.

E que seja reconhecido por isso.

E tu? Estás a trabalhar na tua mentalidade de elite ou continuas a deixar que “abusem” do teu tempo e do teu profissionalismo a torto e a direito?

😉

Um abraço e tem um dia excelente,

Marco Paulo Costa
www.omeunegocioimobiliario.com

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