Lembro perfeitamente de quando tirei a carta de condução….
Tive umas duas dezenas aulas de código e outras tantas de condução.
E lá fiz os exames.
Primeiro o de código…
Depois o de condução.
Passei nos dois e fiquei encartado!
Mas, para ser honesto, apesar de já estar autorizado a conduzir sozinho, a verdade é que ainda não sabia conduzir.
Quer dizer, sabia o mínimo, o básico.
Mas ainda não me sentia suficientemente confortável para relaxar e gozar a viagem…
Eram demasiados pormenores a que tinha de dar atenção:
– Colocar o cinto,
– Ajustar os retrovisores e o banco,
– Colocar o carro em ponto-morto,
– Acertar o ponto de embraiagem e não acelerar demasiado nem muito pouco para não deixar o carro “ir abaixo”,
– Nunca travar a fundo,
– Não trocar os pés,
– Ter atenção a todos os sinais rodoviários,
– Perceber o que estava escrito nas placas de direcção para não me enganar no caminho,
– Assinalar convenientemente as manobras de mudança de direcção,
– Manter a distância de segurança,
– Não exceder o limite de velocidade,
– Não ir demasiado devagar,
– Etc., etc., etc..
Eram tantos pormenores que, muitas vezes, acabava por não desfrutar da viagem nem da companhia.
Passado algum tempo, não sei precisar quanto, tudo isso estava dominado.
E, a pouco e pouco, passou a ser feito em piloto automático.
Sem que tivesse de pensar em nada disso.
E, aí sim, comecei a apreciar muito mais as viagens e a companhia.
Mas sei que, se não tivesse passado por aquela fase, nunca chegaria a saber conduzir.
Não era o facto de ter a carta de condução que faria de mim um bom condutor.
Aliás, o que não faltam é exemplos de pessoas que tiram a carta e acabam por nunca conduzir.
E, passado algum tempo, já nem se atrevem a pegar num carro por medo de não saber o que fazer.
Algumas, voltam até a ter aulas de condução.
Assim acontece com muitas das formações que frequentamos.
Aprendemos as bases e o que é importante para começar.
Mas se não colocamos logo em prática e passamos pela fase desconfortável de estar a fazer aquilo sem apreciar, nunca chegaremos a dominar aquilo que aprendemos.
E a tirar verdadeiro partido do investimento que fizemos.
É que, primeiro tiramos a carta e só depois aprendemos a conduzir.
Mas apenas se estivermos dispostos a praticar e a ficar desconfortáveis por um tempo.
É que o certificado por si só… não basta!
Que te parece? Já aconteceu o mesmo contigo?
Conta-me tudo!
Um abraço e tem um excelente dia,
Marco Paulo Costa
www.omeunegocioimobiliario.com
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